domingo, 27 de fevereiro de 2011

Cartas

Tenho saudades das palavras que se dobravam. Dos instantes que chegavam devagar...
Desapareceram. 
Só agora, percebi que os marcos de correio adivinharam isso, há muito tempo, quando deixaram que lhes pintassem um "smile" invertido.
Talvez hoje mesmo procure as canetas, os tinteiros, as folhas de papel e recomece...

o pensamento e o conhecimento de si próprio e a amizade pretendida

Até que ponto nos conhecemos de facto?
O que é que entendemos por essa interpelação? Fazêmo-la essencialmente para nós mesmos ou porque através dela poderemos agir face aos outros. Fazê-los percepcionar  melhor a nossa "natureza" intrinseca e assim "capitalizar" o reconhecimento? E essa atitude será uma acção direccional, face às nossas próprias expectativas, ou um acto de abertura à liberdade do outro?
De que forma o tempo, que passa, nos ajuda a encontrar respostas. Ou, o hiato que medeia alguns dos estádios porque passamos, nos facilita e, aos outros a reinterpretação face ao observado?
A inquietude própria do auto reconhecimento...face ao desvelamento do proposto, no fundo. Sem muitas surpresas, do que resulta afinal uma ideia de paz. Talvez não na sua total fruição, mas tão só na ideia. E a partilha, dentro dos limites dos pressupostos.
A isso chamamos amizade.
Hoje aconteceu através da troca de telemóveis. (Os números, creio que são os correctos, à partida)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Caleche

Quando há dois anos decidi fazer-me locomover numa caleche...foi um charivari: que não podia ser, que o trânsito, que o estacionamento, que as curvas e os becos. Tudo ultrapassei e nunca vacilei na decisão. O Jarbas foi contratado, admoestado, despedido, rumou a Angola de onde voltou para o mesmíssimo posto, depois de ter conduzido elefantes, girafas e o que mais lhe puseram à frente (aconteceu a muitos).
Hoje, não sei o que se passou, os telefones não param. Os sms chovem. Parece que está tudo à beira de ficar apeado...dizem que a GALP a BP e mais umas quantas siglas que desconheço por completo, decidiram voltar a aumentar os combustíveis que já tinham aumentado. Desta feita a culpa é da Líbia...pois por aqui, palha ainda se arranja.

Aluga-se: caleche simples: 20 €
caleche siége verão 30 €
caleche intempérie 40 €
caleche elegance 490 €

Nota: a caleche elegance por ser a mais requisitada, tem que ter uma marcação prévia de 10 dias úteis, sendo que o preço está sujeito às variações próprias do mercado. Esta caleche é puxada por um quadrúpede que regulariza o mercado com o seu feitio (nem sempre lhe apetece passear)
O cocheiro cede-se grátis (e com alívio)
Espero ter ajudado.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bloga

Não é um número preciso. Todos os dias aparecem novos blogues e desaparecem outros.
Será qualquer coisa pelos 370.000, a partir de IP's portugueses. É verdade, é um número grande, mesmo assim, para um país com a população de Portugal. Existem para todos os gostos, dos grande aos mais modestos. Dos generalistas aos temáticos. Dos partilhados aos solitários. Mas decrescem. Decrescem em número, em posts, em visitas, em comentários. Sobretudo a favor do "like" do facebook.
Talvez a diferença seja que na blogosfera partilha-se infomação, discutem-se ideias. No facebook...exactamente: adiciona-se. E,  claro, não tem tecla de dislike.

Bom dia!




 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Viagem



Vou
Até onde me levar
O sonho.
Levo a minha saia rodada
e um chapéu de abas largas
Que esconda, o frenesim
Da chegada.



Fotografia de Mário Castello.

Kadhaffi

Kadaffi
Kadafi
Cadafi
Cada...fim (com pronúncia do norte)

O Blogue do ano

Desde cedo desenham-se estratégias e apontam-se os preferidos.
Eu não tenho dúvidas...pela "profundidade" do olhar, absorto e confiante sobre o mundo. Sobretudo por isso, este será sem dúvida um dos grandes favoritos:

http://kimjongillookingatthings.tumblr.com/

Vivemos num país muito à frente!


Vivemos num país muito à frente...as criançinhas, imagine-se, têm que ser portadoras, desde o nascimento do cartão de cidadão e do respectivo NIF (número de identificação fiscal) sem o qual, não poderão figurar nas declarações de IRS dos pais.
A minha proposta era ainda mais simples: colar-lhes logo uma coisa destas na testa assim que nascessem. Evitava-se filas, demoras, guichets e chatices na altura de votar. Não havia mais problemas nem com cartões nem com chips nem com coisíssima nenhuma. Isto sim, seria verdadeiramente inovador.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A pior coisa do mundo


E arredores: a reunião do condomínio.

Começa numa confusão. Acaba numa confusão Promete-se acabar com a confusão e, para isso...tenta-se iniciar um qualquer processo, também ele normalmente confuso.

A coisa dura dois anos, mais ou menos... cada administração é bom de ver. O primeiro para se adaptar a "gerência" à confusão e o segundo , já imbuída do espírito...a armar ainda mais confusão.

Os condóminos tomam partidos, esgrimem-se argumentos e a sala a pouco e pouco divide-se num cenário misto de guerra e abertura bolsista (as somas das permilagens).
Nos piores anos, adopta-se a estratégia de "tábua rasa". Acaba-se com tudo, não se aprova nada e recomeça-se do zero. Foi o caso!


Banksy

Nomeado para o Óscar de melhor documentário. E,  numa época em que "ser visto " é o mote, Banksy , o artista sem rosto, promete continuar a surpreender...


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Passos

No passo dos teus passos,
Deixaste um rasto de azul.
Feito de risos sem brilho,
Sem cor,
Sem esteira ,
Sem nada.

No passo do teu sorriso
Que teima em não querer passar...
Inventei um só olhar,
Pálido de lua cheia
A dançar na madrugada.
                                                                

                                                               

Chuva e sabonete

Experimentou...apesar de toda a gente lhe dizer que era feito de sabonete, sair à rua num dia de chuva, Não derreteu mais do que o necessário para escorregar o silêncio no alcatrão. Foi só isso que aconteceu: escorregou o silêncio no alcatrão. Mas ao contrário do que se previa, não se desfez.
Mal chegou a casa, despiu a gabardina, descalçou os sapatos e começou então a chorar. As lágrimas correram céleres e deixaram um rasto de bolas de sabão...

Opera Provocation

Opera Shopping

Opera Marché

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Espelhos

(Velázquez)


Caminhava apressada, com um saco pardo na mão. Conhecia de cor todos os recantos de velharias da cidade, todas as feiras da região...e procurava-os meticulosamente. Toda a manhã se afadigava num entra e sai, discreto mas eficaz.
Ao entardecer, quando nada nem ninguém, poderia reflectir, regressava a casa. Subia a quatro e quatro, os degraus que a conduziam à única assoalhada que ainda poderia abrigar uma réstia de  luz, e mirava-se. Não...não seria ainda desta vez. Não pelo cabelo desalinhado, pelo rosto cansado, pelos ombros que teimavam em nunca aparecer, pela memória mostrada de esguelha...
Chamavam-lhe a mulher dos espelhos.
Nunca ninguém soube o que procurava, nos muitos e muitos espelhos que armazenava. Só se sabia uma coisa: comparava incessantemente a nitidez. 


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Piazzolla



Passos enrolados
Num espaço navegante,
Feitos de suspiros deslizantes
Na sombra pálida do anoitecer

A tua mão, na minha contra luz

Dá-me a tua mão, na minha contra luz.
Os passos que permeiam a distância, regressada agora, cansada, de um horizonte sem memória - inerte.
Fico aqui numa paz possível, com a roda do silêncio encostada ao degrau de todos os sonhos, na espera.
Lá pelo meio do sol, com a força do ocre, do azul, do verde, subiremos um a um, todos os degraus.


(Fotografia de Mário Castello)

Berloques


Usaram-se, deixaram de se usar, voltaram a usar-se e agora, fui dar com uma montanha deles, todos desirmanados a acotovelarem-se no armário...sem noção nenhuma, aparentemente... Ai desculpem, era sem moção nenhuma. Noção eles já não tinham, mesmo quando ainda estavam, vagamente, na moda.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Nespresso e Banco Alimentar

A Nespresso vai entregar 7 toneladas de arroz ao Banco Alimentar Contra a Fome. Resultado da reciclagm das cápsulas de café.
(As borras serão utilizadas como fertilizante natural).
Várias escolas associaram-se já à ideia,   na recolha de cápsulas usadas de Nespresso. Também pode ser feita a entrega nas própria lojas.

Revolução: Às armas! (Amanhã no facebook)


O grupo chama-se "revolta de 17 de Fevereiro de 2011: para fazer um dia de revolta na Líbia". Passou de 4.400 membros na segunda feira...muito a tempo ainda de preparar munições, para 9.600 hoje. Sendo que pomete arrancar em cheio esta noite.
Para já, parece que basta fazer "like"...ou seja: adiccionar-se, para se tornar de imediato num revolucionário. (não dá tempo para fazer crescer barbas e bigodes)
A única atenção especial, é a dos fusos horários, dos respectivos...facebooks.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Espião

Imaginem que apareceu um espião Iraquiano a dizer que era tudo mentira...afinal não havia armas químicas nenhumas. Foi ele que inventou tudo, para os americanos invadirem o Iraque e derrubarem Saddam Hussein.
Chama-se Rafid Ahmel Alwan al-Janib e inventou um estratagema: Disse a um oficial alemão que havia montanhas de camiões cheios de armas químicas. O oficial alemão que já não tinha quase nada para fazer, disse a um oficial Americano, que disse a mais umas pessoas...como quem conta um conto acrescenta um ponto...
Só não percebi, no meio desta história, se foi o mesmo espião, que dá pelo nome de Curveball, que disse ao Nuno Rogeiro, aquela parte dos subterrâneos...ou se foi outro...

(a notícia é do SOL não é minha. Eu não disse nada)

Dia Internacional das Crianças com Cancro

Entre tantos dias internacionais, hoje um importante:  o dia Internacional das crianças com cancro. Melhor do que ninguém, a jornalista Laurinda Alves chama a atenção para o tema. Aqui :http://laurindaalves.blogs.sapo.pt/

Início de viagem

Cinco da madrugada de um dia com muita neblina.
Uma madrugada daquelas que se pode considerar cheias de nada, porque a neblina envolve o espanto que é próprio do madrugar e deixa de fora os ruídos. Assim a madrugada fica despida. Frágil e deserta, também.
Frio húmido, por causa da neblina e cheio de um vazio pasmado.
Sai de casa com a mala na mão. Pouco pesava. As duas mudas lavadas e conformadas, jaziam no fundo. As peúgas de mãos dadas com as camisas engomadas. As calças aninhadas numa saia que teimava em rodar e, uns sapatos, completamente mudos. Porque ali não havia chão.
Era a mala da minha mãe.
Morrera há muito, muito tempo. No tempo em que o verde era verde. Do tom da erva acabada de colher,
Morrera há tanto tempo… lembro-me agora: foi num dia qualquer. Ainda o Gonzalez não tinha chegado... com o receio próprio da partida, que se avizinha sempre que chegamos.
Morrera em paz e em silêncio, a minha mãe. Acho que morrera também mais ou menos pelas quatro e vinte, ou quase cinco. Se bem que ainda não cinco, de uma outra madrugada. Eram precisamente, dez para as cinco, recordo agora, duas linhas de palavras escritas, depois.
Caminhei...


G. Sand

(Fotografia de Mário Castello)

Debruça-te

Debruça-te nessa janela.
Que por dentro o tecto cai.
E um mar de nada se esvai.

Não interessa se até ao fim do tempo,
Te podes debruçar.
Ou se é só o alcance de um olhar...
Porventura até à curva,
no cotovelo da rua
que não te deixa mais
debruçar.

Anda vai.
                                                                        

Para que lado"roda" o Egipto?

Derviches, retratados em pleno êxtase.
Sufis, em rota de colisão?
Adeptos de práticas ancestrais, anteriores ao próprio Islão, os Sufis (a palavra árabe deriva do significado de lã) na sua postura ascética e busca transcendental, multiplicaram-se numa míriade de "opções" e cobrem hoje, praticamente todos os países islâmicos.
No Egipto, poder-e-á dizer que a maioria deriva de um dos ramos principais: o Rifa'iyyh. (existem mais três: Suhrawardiyyah; Kubrawiyyah e Qadiriyyah).
Será que a busca de um espaço espiritual,  tão em voga no mundo islâmico, como no mundo ocidental, vai ter uma palavra a dizer?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Desenho de claraboia em dia de chuva

Ingrediente: papel
                  chuva
                  pincel
                  claraboia

Depois é peciso sentarmo-nos, por baixo da claraboia. Deixar que a chuva bata no vidro e tentar apanhar os traços, mais ou menos apressados, no tempo de uma pincelada.São filamentos que deslizam, ou gotas grossas e rápidas, alternadas.
A paisagem nunca emudece. A não ser, que pare, completamente de chover.



                                  

Um Beijo

Dá-me um beijo de azul 
Pinta-me os olhos de alma.
A tarde corre suave
A noite adormece calma.
E eu não sei o que faça...
Se não me deres um beijo assim...
Se fique parada no espanto
Se me perca, 
Depois,
De mim... 

Dá-me um beijo agora
Que é hora.








Hoje a noite vai ser rápida

Hoje a noite vai ser rápida...é um pressentimento.
vai passar pelas horas no tempo dos segundos, à espera de acordar depressa.
Uma espécie de aragem fria, sem tempo para sonhar quase nada.
Não gosto de noites assim, paradas na dobra do lençol, ainda composto pela manhã.
Parece que não se foi a  lado nenhum, não se lembrou de coisa nenhuma, não se inventou sequer. Nem uma viagem pelo passado, rematada com um encontro qualquer...noites só porque tem que ser. sem nenhum motivo especial...mais valia ir buscar o sol, então.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Leveza


Haja crateras de movimento
Onde se entorne a leveza



Pedra do Ingá- Brasil
(fotografia de Mário Castello)



Nova Hermenêutica?

Ver imagem em tamanho grande






Al-Quran, ou Kitab Allah. A base de muitas das  interrogações, sobre o que se passa, neste momento,  nos territórios árabes...Hoje recordei a Oitava Sura, com os seus 75 ayats. Trata-se de uma Sura compilada depois da batalha de Badr. Porque o islão, mais do que um texto sagrado é uma forma de vida. Serão pois de de esperar novas hermenêuticas, creio...resta saber quais.

Afinal somos ou não somos, além do mais, Europa?

Actor Acteur Actor Actor Akteur Actor Ator
Factor Facteur Factor Factor Faktor Factor Fator
Tact Tacto Tact Takt Tacto Tato
Reactor Réacteur Reactor Reactor Reaktor Reactor Reator
Sector Secteur Sector Sector Sektor Sector Setor
Protector Protecteur Protector Protector Protektor Protector Protetor
Selection Seléction Seleccion Selection Seleão Seleção
Exacte Exacta Exact Exacto Exato
Except Excepto Exceto
Baptismus Baptême Baptism Baptismo Batismo
Excepction Exceptión Exception Excepção Exceção
Óptimo Ótimo

O texo acima, sobre as consoantes mudas, que "fala" por si,  foi tirado do blogue da Rita Ferro: http://actofalhado.blogs.sapo.pt/ 




sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A "smooth revolution"



No dia em que a praça Tahrir explode de alegria, e as imagens do Cairo e de Alexandria correm mundo, no que poderá ser o princípio, do fim do mundo árabe, tal como hoje o conhecemos, uma outra praça me vem à memória...
De certo, temos que o rapaz da imagem nunca se soube quem era. E nunca apareceu a reclamar o acto.

O abraço, dos "bravos", do Museu do Cairo


Temeu-se o pior nas primeiras horas dos conflitos.
As notícias davam conta de pelo menos setenta objectos desaparecidos (posteriormente recuperados) e duas múmias danificadas. Sabe-se agora que sem gravidade.
Perante a aflição dos responsáveis do museu, ainda sem a protecção do exército, que hoje, guarda todos os acessos, centenas de populares, correram para o edifício.Formaram um cordão humano, circundante ao gradeamento, indiferentes aos "coktails molotov" que caíam no pátio.  Estes "bravos",  num abraço fechado, impediram assim o acesso ao interior do museu e, o saque, daquele que é sem dúvida um dos maiores espólios museológicos do mundo.
A sua história ficava assim protegida, ombro a ombro, antes mesmo dos apelos da UNESCO e da chegada dos blindados.
Enquanto que a  metros dali, a mesma população, clamava por um futuro diferente...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Linha de Demarcação

Traços

traços

Traços

TRAÇOS
e a linha-------------------do meio da minha vida-----------pendurada-
                                                                                                                 -
                                                                                                                    -
                                                                                                                      -
                                                                                                na imagem
de um
BATOM


Noite


Passeias pela noite a cavalgar palavras.
Sílabas tónicas de quase vida,
Que a luz não desvenda
Senão
Ao raiar da madrugada
Lembras Setembro,
um sopro de saudade que ficou
nas amoras colhidas.

Serás sempre os cantares do campo,
mesmo quando adivinhamos
os dias tristes e frios
em que nem então
nos deixas sós
junto do fogo possível.

(As chamas erguem-se
como se agora mesmo
chamasses as crianças
numa brincadeira sem fim).

João Afonso Machado in  "Margarida"

Destino

Era um dia de chuva como outro qualquer.
Não fora o encontrão e nunca os meus olhos se desprenderiam do rápido serpenteado do passeio.
- Por aqui? Que tens feito? Tantos anos...
- Pois...eu...agarrei!
- Agarraste?
- Agarrei. Agarrei com força sabes. Mesmo nos dias frios, nas noites sem nenhum luar. No tempo de chuva, no calor que teima em não permitir mais nada, que um breve lamento. Agarrei. Com tanta força que hoje...é como vês - e abriu os braços. Abriu-os todos. Com as palmas da mão viradas para cima, por forma a não deixar escapar as gotas de chuva...
- Agarraste...
- O destino! Não foi fácil, mas agarrei! O melhor que consegui... Sabes, há pessoas que agarram e outras que deixam escapar...eu agarrei. Talvez não todo...mas pelo menos uma grande parte. Acho que a maior fatia. Gosto de pensar que sim...queres um pastel de nata? A mim, apetecia-me...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sabe qual é o problema de Portugal mãe?


É um país sentado!
Sentado como?
Sentado!
Estamos todos sentados à espera que alguma coisa aconteça ou alguém faça alguma coisa por nós...


A verdadeira "Geração Deolinda"

Aprisionados

Perdi-lhe o rumo...da palavras e dos passos. Hoje reencontrei-os, no exacto momento em que os tinha deixado.
Estranhei o silêncio. A data imóvel dos post, parados no tempo....
Depois percebi: tinha partido.
As palavras, essas,  ficaram ali, sem password que as retirasse do lugar ou sem vontade, sequer.
Até os "seguidores" continuam, na distracção de quem segue, sabe-se lá por onde...estranho mundo virtual que não conhece a morte

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Guilhermina Suggia



Que o tempo não apague nunca este abraço, de Guilhermina, ao seu violoncelo e à nossa feliz contemplação.
Nasceu no Porto, filha de um violoncelista e quebrou o preconceito de um instrumento pouco apropriado às meninas da época.
Com 13 anos, antes ainda de um percurso que a levou aos palcos do mundo, estreou-se à frente da principal orquestra do Porto.

INVENÇÃO DO LIVRO



Felizmente! Não quero Ipods, nem  Ipads,  nem mais botões de espécie nenhuma!

Praça Tahrir e "Geração Deolinda"

Será que fazem estágios com remuneração
à "geração Deolinda"
que canta a indignação,
em tom de lamúria
com os olhos no chão?
Talvez fosse, afinal,
uma boa excursão...

Um Não

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mordomo

Não me escrevas assim

Não me escrevas assim, de azul.
Não.
Deixa-me ficar...
Na sombra da preia-mar.
Sem sol
Sem luz,
Que não a deste luar.
Não me digas de água,
Nem de vento,
Nem da urgência que escorre,
Ou do silêncio que morre.
Não!
Deixa-me...
Quero acabar de sonhar.

Passatempo: diferenças



Entre esta música e a do post abaixo é suposto haver pelo menos 7 diferenças...isto assim no mínimo e por baixo. O desafio é saber quais são...

(nota: o vestido da Ana Bacalhau e a televisãoa preto e branco não contam. São fruto de uma aplicação esmerada e contínua de photoshop)

Passatempo: diferenças

Dívida fresquinha

Vendemos! Sete mil milhões. Dívida fresquinha  e da melhor qualidade a 6.45%.
As guelras não se vêm e ai do freguês que lhes puser a mão ou "botar defeito" por ter estado no frigorífico a ver quem lhe pegava...é só para ver: lindo!

Al Pacino - Tango

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Chernobyl, Nuno Rogeiro e a Couve Portuguesa


Desde que consiga chegar a tempo...o Nuno Rogeiro eu não perco! É uma fonte prestimosa de informação: do Iraque subterra
âneo...à couve portuguesa.
Que a couve tinha propriedades mágicas de transformar "umas postas de bacalhau atiradas para um lado qualquer", (forno ou panela) num repasto magnífico, já eu sabia. Agora, que se tinha descoberto, infelizmente recentemente, tinha sido a nossa salvação e a deles, que era a única esperança, de descontaminação dos solos radioactivos de Chernobyl, fiquei a saber ontem.
Mas nada está perdido...talvez ainda estejamos a tempo...afinal, couves não é difícil de arranjar, o Natal vem longe e, os solos, ao que dizem, estão contaminados por tempo indeterminado.
A minha única dúvida é se alguém no meio desta "euforia" (não temos petróleo, mas temos COUVES) se lembrou de comunicar ao FMI. Escusam de marcar a Easy Jet, sempre se poupa uns patacos: estamos salvos! Portugal tem a "patente" da couve. Registada de norte a sul!
Nuno, volta sempre!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Passar a Ferro



Isto sim, isto é uma excelente ideia. Esppero que funcione com camisas...as curvas vão ter que ser mais apertadas, evidentemente.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Iman Maleki


 Nos dias em que tanto se fala de convulsões nos países árabes, um olhar sereno: o do pintor Hiper Realista Iraniano Iman Maleki.

Liszt: Tristesse (Dieskau/Barenboim)

A Revolta árabe e o Pan Arabismo

Comum à maioria das bandeira dos países árabes, estão estas 4 cores. Símbolos do Pan Arabismo.
O preto, representa o profeta Maomé.
O branco, foi escolhido pelo primeiro califado da dinastia Omíada, em homenagem à batalha de Badr.
O verde, como símbolo de apoio a Ali Ibn Talib, o 4º Califa depois do profeta.
O vermelho como côr dos Kharijitas, o primeiro ramo do islão.

Muito se fala do Egipto. Pouco do guardião do golfo de Aden: o Iémen. O mais problemático de todos, os que partilham estas cores.
Ainda menos, do país que poderá ser, uma vez mais, a chave de todo o problema: a Jordânia.
Aquele que é por "tradição" o último reduto da não violência, nas mãos de um Rei, que acaba de substítuir, esperemos que atempadamente, o seu primeiro ministro e parte do governo. Em resposta a uma população maioritariamente Cisjordana e muito jovem. Com um recado expresso : Marouf al Bakhit, terá que que governar atendendo a "um aumento da participação popular nas tomadas de decisão". Incontestado, pelos líderes da oposição, ouvido por israelitas, americanos e pelos muitos refugiados que procuraram a jordânia para viver,  o Rei Abdullah, prepara-se para entrar na história. Esperemos, que seja capaz!

Maria Schneider



O útimo dos tangos...tornou-se o primeiro, numa década onde a sensualidade estava vedada às salas de cinema. Num misto de curiosidade e espanto, os portugueses, dos idos de setenta, tentavam acompanhar o passo.
Hoje o passo atrasou...irremediavelmente, porque Maria Schneider partiu!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Puerto Montt - Chile


Lá, onde a terra se desfaz em horizonte, na procura incessante do Sul.


(Fotografia de Mario Castello)

Darwin na casa Andresen no Porto


Os pássaros de Darwin, visitam Sophia, no Porto, na casa Andresen. Em bando, dizem...não sei se entraram pela janela do casarão "veemente e vermelho". Mas estão lá, a passear por dentro dos sonhos.
Uma sugestão de fim de semana com um livro na mão e a imaginação em debandada.

Poesia

Poesia não é senão a chave dos silêncios. Das palavras arrepiadas a meio caminho da frase. Descompostas e desnudadas.
Através das estrofes, ou na ausência delas,  adivinhamos os espaços, os sentimentos, as razões, as ausências e os lugares.
O puzzle das palavras mais amadas e mais vividas, que nos deixa tantas vezes, numa qualquer vírgula, sentados a chorar.

Cat Stevens e as cores do paraíso II

Cat Stevens /Yusuf e as cores do paraíso I



Com quantas cores se pincelam os paraísos?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Gigante acorda lentamente

Nas ruas do Cairo, a mudança instala-se.
Entre vivas e orações, pede-se a democracia. Mas que democracia? Não será certamente a cópia torpe de um "modus vivendi" ociental. Menos ainda, certamente,  do American way of life, em estilo de exportação...
O mundo islâmico está na rua, à procura de uma identidade...



Grupos de manifestantes deslocam-se pelo centro do Cairo. Inspirados pela Revolução do Jasmin, que derrubou o ditador da Tunísia Zine el Abidine Ben Ali após 23 anos no poder, milhares de jovens tomaram as ruas de diversas cidades do Egito exigindo a renúncia do ditador Hosni Mubarak, há 30 anos no comando do país Leia mais


John Barry



Por detrás de todas as emoções, esteve este nome: John Barry.
Porque nem só de palavras se faz o cinema.
12 agentes secretos 007, o inesquecível "Dança com Lobos" e a viagem de "África Minha" foram temas de sua autoria.
Ficam cinco Óscares e muitas "memórias musicais", a aconchegar-nos os sonhos.
Partiu hoje.